quarta-feira, 19 de maio de 2010

pequenas ginásticas de cá


Flexibilidade, a própria palavra parece-me flexível, parece-me  elástica ao sair-me da boca.
Flexibilidade segundo o sapiente Wikipédia, é somente física, não encontrei a flexibilidade temporal ou mental ou emotiva.
Mas comecemos pelo principio físico, é fácil  reconhecer a importância da flexibilidade no dia a dia. O simples facto de conseguir-mos esticar os braços para alcançar um objecto ou dar um abraço exige flexibilidade. A sensação de que podemos alcançar uma coisa, motiva-nos a fazer-lo.
A outra flexibilidade, a abstracta, mental, com a qual nos confrontamos todos os dias, é subtil mas não menos importante.
Somos flexíveis no trabalho, nas relações pessoais, impessoais.É a flexibilidade de cada um que medeia o espaço de equilíbrio entre a nossa vontade e a vontade do outro. É motivante saber que a minha cedência à necessidade do outro é compensada com a flexibilidade do outro para com as minhas necessidades.
A flexibilidade temporal. O tempo é relativo, dizia o Einstein, não tão relativo para que o possamos moldar à nossa vontade. Mas podemos ajustar-nos a ele, geri-lo.
Aqui entra a importância da flexibilidade temporal, principalmente na actividade profissional. A sensação de que podemos gerir  o tempo em função dos nossos objectivos, motiva-nos a fazer-lo bem. Por exemplo, aqui no centro de jovens, os animadores têm flexibilidade temporal, ou seja, as horas despendidas em actividades fora do horário laboral, podem  ser compensadas dentro do horário laboral, utilizam-se para substituir idas ao medico, compromissos  pessoais, etc, que vão aparecendo.
Parece-me lógico que, um animador que tenha uma reunião de 2 horas com uma associação num dia à noite, possa no outro dia entrar ás11 horas. O importante é no final do mês ter trabalhado 156 horas, fora ou dentro do horário laboral. Isso motiva, os contactos com associações multiplicam-se e são  muito prolíficos.
 Em Portugal fala-se em flexisegurança, uma coisa muito moderna, de flexibilidade unilateral, ditada pelos patrões. Essa desmotiva.
Terminar uma jornada de trabalho, ir a uma reunião de trabalho, abdicando de tempo pessoal, quando o interesse da reunião é municipal, por muita carolice que exista, não motiva, não é saudável, não se ganha tempo, desperdiça-se tempo desmotivado.
A pensar....

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